Hoje (13), o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto foi preso pela PF, como parte da ação que investiga o esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões por associações. Ele foi demitido do cargo em abril, pelo então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, quando o esquema foi revelado.
Outros 10 mandados de prisão estão sendo cumpridos, em nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em parceria com a CGU.
Outros 63 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares estão sendo cumpridos no Distrito Federal e em 14 estados: Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Em depoimento à CPMI que investiga fraudes no INSS, Stefanutto afirmou ter tomado todas as providências para interromper os descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas, mesmo antes da CGU oficiá-lo.
Dentre os crimes investigados na operação estão a inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva e ocultação patrimonial.
Os descontos indevidos no pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, a partir de filiação fraudulenta a associações, foram revelados a partir da Operação Sem Desconto, no dia 23 de abril. Os descontos ilegais em aposentadorias teriam ocorrido também mediante empréstimos consignados.
Após a divulgação do relatório da CGU e da PF, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo, assim como outros cinco servidores.
Gilberto Waller, que era procurador da AGU, foi nomeado no lugar de Stefanutto. Dias depois, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo, assumindo o então secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz (PDT), atual ministro.
