Em votação simbólica e por unanimidade, Edson Fachin foi eleito nessa quarta-feira (13) para presidir o STF (Supremo Tribunal Federal) pelos próximos dois anos, tendo como vice Alexandre de Moraes. A posse, no entanto, será apenas no dia 29 de setembro, já que o mandato do comando atual vai até dia 28.
A escolha recaiu sobre Fachin pelo critério de antiguidade, já que, pela tradição, a presidência é ocupada sempre pelo ministro mais antigo que ainda não ocupou o posto e a vice pelo segundo mais antigo. "Nós continuaremos buscando fortalecer a colegialidade, a pluralidade, sempre aberto ao diálogo", disse Fachin após ser eleito.
A mudança da alta cúpula vem acompanhada de mudança também na composição da Segunda Turma. Como novo presidente da Corte, Fachin deixará de compor o colegiado e cederá o lugar a Luiz Roberto Barroso. Já a Primeira Turma, encarregada dos casos envolvendo o emblemático caso dos atos do 8 de janeiro de 2023, se manterá com a mesma composição
CURRÍCULO
Ex-presidente do TSE (Tribunal Superior eleitoral) e no Supremo desde 2015, por indicação da então presidente Dilma Rousseff, Edson Fachin é gaúcho de Rondinha, interior de Passo Fundo, e nasceu em uma família de pequenos agricultores que se mudou para Toledo, no Oeste do Paraná, quando ele tinha apenas dois anos de idade.
Fachin permaneceu em Toledo até os 16 anos, quando foi estudar em Curitiba. Formado em Direito pela PUC Paraná, fez pós-doutorado no Canadá, estudou também na Alemanha e foi professor visitante na Inglaterra. Depois, retornou ao Brasil e foi professor da UFPR e advogado até ser indicado ao STF. (Foto: Fellipe Sampaio/STF)