Após criticar fusão do PSDB, Eduardo Leite se filia ao PSD, com projeto para 2026
Após criticar fusão do PSDB, Eduardo Leite se filia ao PSD, com projeto para 2026
Por Administrador
Publicado em 09/05/2025 11:03
POLITICA

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai deixar o PSDB após 24 anos para se filiar ao PSD, partido comandado por Gilberto Kassab. Sua intenção é disputar a Presidência da República em 2026. O ato de filiação está marcado para esta sexta-feira, 9, no gabinete da direção nacional do partido, em São Paulo.

“Eduardo Leite possui enorme experiência na vida pública, mesmo ainda muito jovem. É um extraordinário gestor, com enorme espírito público. Será uma grande liderança a se somar ao PSD, partido que quer oferecer os melhores quadros e as melhores políticas públicas aos brasileiros. Chega ao partido como um pré-candidato à Presidência da República, por todas as suas qualidades e experiência”, afirmou Kassab. Segundo o dirigente partidário, Leite será o presidente do PSD no Rio Grande do Sul.

A filiação ocorre após o avanço das negociações para a incorporação do Podemos pelo PSDB. Em entrevista ao portal InfoMoney publicada nesta quinta, 8, Leite afirmou estar preparado para disputar a Presidência da República, mas sinalizou que isso não deveria ocorrer pelo PSDB, partido que, segundo ele, está “deixando de existir”.

“O PSDB a que eu me filiei há 24 anos está deixando de existir. Tomou-se uma decisão de fazer uma fusão com o Podemos e, provavelmente, essa fusão vai ensejar um novo nome, um novo número, uma nova marca, um novo programa partidário. O PSDB, no formato que historicamente se apresentou para a população brasileira, está saindo do cenário. Vai ser um novo partido”, disse.

Na última eleição, o partido de Gilberto Kassab foi o que mais elegeu prefeitos, governando um em cada seis municípios do País. Para se viabilizar, no entanto, Leite terá de enfrentar a concorrência interna de Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, que também mira o Planalto.

Perdas

Em março, o PSDB já havia perdido a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, para o PSD. Agora, com a saída de Leite, a legenda terá apenas um chefe de Executivo estadual para chamar de seu: Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul.

Antes do anúncio de Gilberto Kassab, Eduardo Leite disse que sua intenção é liderar um “terceiro polo”, como opção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Afirmou ainda que outros concorrentes despendem grande quantidade de energia e tempo realizando ataques uns aos outros, em vez de concentrar esforços em resolver problemas como a segurança pública. “Quando eu sento para conversar sobre o meu destino político, estou discutindo também a construção de uma candidatura presidencial. Eu tenho a aspiração pessoal, eu tenho disposição e me sinto preparado para liderar uma candidatura”, afirmou Leite.

O governador havia prometido ao presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, aguardar a definição do futuro do partido antes de tomar qualquer decisão sobre sua candidatura.

Na semana passada, os tucanos formalizaram a fusão com o Podemos e, numa tentativa de mantê-lo na legenda, ofereceram a Leite a possibilidade de disputar a Presidência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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